Geeagro participa de oficina técnica sobre Sigatoka-Negra (Mycosphaerella fijiensis)
A oficina foi ministrada por integrantes do Grupo de Estudos da Bananeira (GEB) Zalmar Santana, Juliana Matos, Fernanda e o técnico da equipe Rafael, bem como a Mestra em Defesa Agropecuária Juliana Queiroz que abordou sobre o Sistema de Mitigação de Risco para a Sigaca-Negra (SMR-SN).

O evento foi realizado em 04 horas de atividades contemplando os aspectos teóricos e práticos na área experimental da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, em Cruz das Almas - BA. Sendo, dividida em duas partes, teórico e prático.
Inicialmente, na parte teórica, os integrantes do GEB abordaram assuntos diretamente relacionados à doença, como o agente causal, o histórico, as formas de disseminação, sintomas, diagnose e medidas integradas de controle. E ainda informações sobre as principais diferenças desta doença com a Sigatoka-amarela (Mycosphaerella musicola).
Posteriormente, Juliana Queiroz, discorreu sobre o Sistema de Mitigação de Risco para a Sigatoka Negra, denotando a importância do controle e explicando as diretrizes a ser seguida para conviver com a doença. A mitigação de riscos consiste na adoção de medidas e/ou técnicas para minimizar a disseminação da doença evitando que se espalhe para outros estados.
A parte prática foi mediada pelo técnico membro do GEB, Rafael, onde pôde ser visualizado em campo os principais sintomas e sinais da doença, bem como, algumas práticas de manejo e de controle. Os primeiros sintomas aparecem na face inferior da folha, como estrias de cor marrom evoluindo para estrias negras. A conseqüência é a necrose precoce da área foliar afetada, o que acarreta na diminuição da atividade fotossintética e assim, reduzindo drasticamente a produtividade do cultivo.
A Sigatoka-negra é considerada a doença mais grave da bananeira, uma vez que apresenta alta capacidade de disseminação, qual é fortemente influenciada pelas condições do ambiente como umidade, temperatura e vento. Foi constatada no Brasil em 1998, através do Estado do Amazonas, daí então se espalhou por grande parte do país. Na Bahia, a primeira aparição comprovada do fungo foi no ano de 2015 na região do Recôncavo, mais precisamente na área experimental da Embrapa Mandioca e Fruticultura.
Alessandro Ramos de Jesus & Hernandes Passos Castro, 2018.