Agricultores quilombolas aprendem a fazer biocalda através de integrantes do Geeagro

10/09/2018

O dia 31 de agosto de 2018 amanheceu colorido para cinco integrantes do Grupo de Estudantes em Engenharia Agronômica (Geeagro), que tiveram a oportunidade de participar de um dia de campo na comunidade da Laranjeira, município de Igrapiúna, no Baixo Sul da Bahia. O evento foi promovido pelo Projeto Rural Sustentável através da empresa Agroambiental e teve início às nove horas.

Além de estar localizada em região de alta diversidade biológica e cultural, a Laranjeira é considerada uma comunidade quilombola, com elevado potencial de produção embasados na sustentabilidade. No entanto, ainda há necessidade de informações técnicas que elevem a produtividade das culturas, e que não cause prejuízos à saúde e ao meio ambiente.

Neste evento, o Geeagro atuou na construção de uma biocalda junto aos agricultores, estes que tiveram a oportunidade de aprender fazer um produto natural, de baixo custo, baixa toxicidade, com eficiência comprovada pelos mesmos, conforme afirma André da Conceição, agricultor do assentamento Mata do Sossego: "eu já uso a biocalda no meu cacau, em mudas e nas hortaliças e acho o melhor produto, pois a praga não fica e eu não gasto dinheiro com agrotóxicos".

Os integrantes do Geeagro explicaram detalhadamente a forma de preparo da calda biológica, enfatizando a importância da coleta bem feita dos microrganismos. Também foram distribuídas receitas da biocalda para que os agricultores possam replicar em suas propriedades. "Agora que aprendi a fazer, eu vou preparar a biocalda pra usar na minha horta, e se eu ver resultado, vou usar em toda a lavoura", expressa dona Maria da Silva, agricultora.

Além dos agricultores, os componentes do Geeagro também demonstraram sua satisfação em participar do evento. "Esses momentos são excelentes oportunidades para nós profissionais que pretendemos estar em contato direto com o produtor, tendo em vista que ser extensionista não é uma tarefa fácil", corrobora Luciano Bastos.

Após todas as práticas, Camila Silva, membro do Geeagro, explicou sobre as dosagens indicadas para cada fase de desenvolvimento da planta, bem como os efeitos que a mesma exerce no solo e nas plantas. "Não podemos imaginar que por ser um produto natural, não apresente riscos, afinal, a biocalda também é um produto químico", expressa Camila. Além disso, ela chamou atenção para os riscos que os agrotóxicos apresentam e orientou a utilização de produtos alternativos. 

Camila de Jesus da Silva & Luciano Santos Bastos, 2018.

Grupo de Estudantes em Engenharia Agronômica
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